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domingo, 27 de maio de 2012

A sangue frio

A sangue frio
Em carne viva
Escorre um riacho vermelho.
Mas é por dentro
Por baixo da pele,
E ninguém o vê.
Me desdobro em sorrisos,
E a dor ali pulsa.
E treino a arte de representar
Apesar de, sempre um pesar.
Do lado de dentro,
Quente rio, frio sangue
Mancha vermelha a descer.
Por fora, doce pessoa
Alegria visível, tristeza risível
Dor resistindo a aparecer:
Bomba-relógio a viver.

Miriam Almeida - 2012

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