Um encontro entre amigos que amam a Música e tudo o que se relaciona a ela. Aqui todos poderemos apresentar nossas canções, bem como poemas, escritos, pensamentos, enfim, gosta de cultura? É bem chegado... Prazer!
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sábado, 31 de março de 2012
sexta-feira, 30 de março de 2012
Metáfora...
" O que torna um regente especial é a capacidade de fazer com que a orquestra seja grandiosa ao tocar Mahler e leve nas sinfonias de Mozart. A regência é uma metáfora do que você é como ser humano."
Marin Alsop , regente da OSESP
quinta-feira, 29 de março de 2012
Motivo
Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
Cecilia Meireles
Música é sentido!
"Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música
não começaria com partituras, notas e pautas.
Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria
sobre os instrumentos que fazem a música.
Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria
que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas.
Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas
para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes".
não começaria com partituras, notas e pautas.
Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria
sobre os instrumentos que fazem a música.
Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria
que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas.
Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas
para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes".
Rubem Alves
A música tem o espírito do filme!
Um dos filmes mais belos das últimas décadas, "As Invasões Bárbaras", com direção de Denys Arcand, fala de maneira tocante sobre a amizade, e encerra com esta comovente interpretação de Françoise Hardy de "L'amitié". Não poderia haver outra música que melhor traduzisse o espírito do filme!
quarta-feira, 28 de março de 2012
A música fala!
"Depois do silêncio, aquilo que mais aproximadamente exprime o inexprimível é a música."
(Aldous Huxley)
(Aldous Huxley)
O músico...
Fuga
O músico procura
Fixar em cada verso
O cântico disperso
Na luz, na água e no vento.
Porém, luz, vento e água
Variam riso e mágoa,
De momento a momento.
E em vão a área dos dedos
Se eleva! Não traduz
Os súbitos segredos
Escondidos no vento,
Nas águas e na luz...
Pedro Homem de Mello, in "Segredo"
O músico procura
Fixar em cada verso
O cântico disperso
Na luz, na água e no vento.
Porém, luz, vento e água
Variam riso e mágoa,
De momento a momento.
E em vão a área dos dedos
Se eleva! Não traduz
Os súbitos segredos
Escondidos no vento,
Nas águas e na luz...
Pedro Homem de Mello, in "Segredo"
Você consegue imaginar estes movimentos sem som?
Belíssima trilha sonora composta por Tom Zé e José Miguel Wisnik para o igualmente belo espetáculo "Parabelo", do Grupo Corpo.
terça-feira, 27 de março de 2012
Música é tudo. Tudo é política.
A rigor, tudo é política. Se entendermos que a política não é só aquela partidária, institucional, mas sim tomada de posição diante dos fatos que a vida nos apresenta incessantemente, veremos que é impossível "não ser um ser político". Até a chamada posição "neutra" (?) é uma tomada de posição.
Alguns se sentem mais chamados a assumir uma posição, seja de um lado, seja de outro, já que em cima do muro não há equilíbrio.
Também na música não é diferente. As distorções, arbitrariedades, desigualdades sociais, e a imposição de um pensamento único não encontram eco entre muitos dos nossos artistas. (Benditos sejam!)
E daí, como cada ser milita no que gosta e no que sabe fazer melhor - uns são ótimos articulistas, outros são excelentes em discursos, há os que lideram com naturalidade em prol de uma causa, enfim, há os que através da ideia/palavra cantada, dizem de que lado estão.
E conclamam, convocam à luta, muitas vezes burlando os censores de plantão, através de seu canto. Quem é "do mesmo lado" entende o recado; quem é do outro, nem sempre. Por isso não era tão difícil, em tempos de ditadura no Brasil, por exemplo, driblar este patrulhamento. Mas isto também foi um aprendizado; nem todos tiveram a mesma sutileza e deram, de fato, a cara a tapa.
Por isso, mais do que justo iniciarmos este tópico "Música e Política" com uma música que há mais de 4 décadas é tida como o hino de resistência à repressão: "Pra não dizer que não falei das flores", de Geraldo Vandré, que sofreu duramente as consequências de ter enfrentado o desafio de cantar esta música num Festival lotado de fãs, por um lado, e de brutamontes a serviço da ditadura, de outro.
Alguns se sentem mais chamados a assumir uma posição, seja de um lado, seja de outro, já que em cima do muro não há equilíbrio.
Também na música não é diferente. As distorções, arbitrariedades, desigualdades sociais, e a imposição de um pensamento único não encontram eco entre muitos dos nossos artistas. (Benditos sejam!)
E daí, como cada ser milita no que gosta e no que sabe fazer melhor - uns são ótimos articulistas, outros são excelentes em discursos, há os que lideram com naturalidade em prol de uma causa, enfim, há os que através da ideia/palavra cantada, dizem de que lado estão.
E conclamam, convocam à luta, muitas vezes burlando os censores de plantão, através de seu canto. Quem é "do mesmo lado" entende o recado; quem é do outro, nem sempre. Por isso não era tão difícil, em tempos de ditadura no Brasil, por exemplo, driblar este patrulhamento. Mas isto também foi um aprendizado; nem todos tiveram a mesma sutileza e deram, de fato, a cara a tapa.
Por isso, mais do que justo iniciarmos este tópico "Música e Política" com uma música que há mais de 4 décadas é tida como o hino de resistência à repressão: "Pra não dizer que não falei das flores", de Geraldo Vandré, que sofreu duramente as consequências de ter enfrentado o desafio de cantar esta música num Festival lotado de fãs, por um lado, e de brutamontes a serviço da ditadura, de outro.
segunda-feira, 26 de março de 2012
A música habita a alma...
“A música é o meio mais poderoso do que qualquer outro porque o ritmo e a harmonia têm sua sede na alma. Ela enriquece esta última, confere- lhe a graça e ilumina aquele que recebe uma verdadeira educação.”
A música é parte do filme
"...Aos poucos foi se formando uma outra noção, a de que um filme não é o mesmo filme quando trocamos sua música. A totalidade de um filme compreende a sua trilha musical e o resultado desse filme enquanto obra artística é único. Com outra música, seria outro filme, pois sua trilha musical é parte de sua articulação poética. A música deixa de ser vista, portanto, como um adereço e passa a ser entendida como parte de sua composição, articulando-se com todos os outros elementos que o compõem, sonoros e visuais, em uma peça unitária..."
(Por Ney Carrasco, publicado na ComCiência- Revista Eletrônica de Jornalismo Científico)
(Por Ney Carrasco, publicado na ComCiência- Revista Eletrônica de Jornalismo Científico)
Música na formação da personalidade
A música tem o poder de formar a personalidade e podem-se distinguir os diferentes géneros de música fundados em diferentes modos pelos seus efeitos sobre o carácter. Tal género determina a melancolia, aqueloutro a moleza; este encoraja o abandono, este outro o autodomínio, e outro ainda desperta o entusiasmo.
Aristóteles
(n. Estagira 384 a. C.; m. 322 a. C.)
BELEZA
BELEZA
Miriam Mauro/Lila Affonso
Bom,
Beleza,
Toma contade mim, senão eu vôo
Clima,
Prazer,
Me segura senão eu vou!
Som,
Coragem
Me chama senão eu embarco...
Senão eu dou bye bye
E fujo com você
Pra lugar nenhum
Qualquer lugar
Onde a gente encontre a natureza
E possa rir até se contorcer
Abrir o coração, encher de sonhos
E namorar até o amanhecer...
Ver estrelas caídas no corpo
É tão doce quanto te beijar
Nos meus olhos todo o meu desejo
E o segredo desse teu olhar
É todo meu, você me deu,
Eu vou guardar.
Miriam Mauro/Lila Affonso
Bom,
Beleza,
Toma contade mim, senão eu vôo
Clima,
Prazer,
Me segura senão eu vou!
Som,
Coragem
Me chama senão eu embarco...
Senão eu dou bye bye
E fujo com você
Pra lugar nenhum
Qualquer lugar
Onde a gente encontre a natureza
E possa rir até se contorcer
Abrir o coração, encher de sonhos
E namorar até o amanhecer...
Ver estrelas caídas no corpo
É tão doce quanto te beijar
Nos meus olhos todo o meu desejo
E o segredo desse teu olhar
É todo meu, você me deu,
Eu vou guardar.
domingo, 25 de março de 2012
Da importância da trilha musical no Cinema
“They say you fly when you die”
Partindo da premissa do Livro Tibetano dos Mortos de que, ao morrermos, nossa alma voa sobre a Terra e revive “em loop” a própria vida, num ciclo sem fim que só é quebrado ao reencarnarmos, o filme Enter the Void, de Gaspar Noé, não se parece com nada que já tenha sido produzido no cinema.
Oscar (Nathaniel Brown), traficante, e Linda (Paz de la Huerta), stripper, são irmãos órfãos americanos que vivem no submundo neón das ruas de Tóquio. Oscar está lendo o Livro Tibetano dos Mortos, que seu amigo Alex o emprestou.
Assassinado pela polícia, Oscar sai de cena. Sua alma, exatamente como lhe foi dito pelo amigo, sai de seu corpo e segue uma jornada entre presente e passado por toda a sua história de vida, numa Tóquio que se alterna entre a cidade real e uma maquete.
Essa dicotomia entre o que é real e o que é ilusão permeia todo o filme. Seja pelo efeito das drogas (DMT e ecstasy) ou da morte, temos a impressão de vagarmos por realidades e estados de percepção diferentes da que estamos acostumados. Por vezes a distorção da lente e os movimentos circulares da câmera nos dão a impressão de estarmos dentro de uma gravura de Escher, certamente uma referência para o diretor ao criar essa atmosfera nauseante e confusa.
A perspectiva é sempre a dos olhos de Oscar, seja sobrevoando a cidade ou observando a si mesmo quando ainda era vivo (a câmera aí se posiciona por trás dos ombros do ator). Já quando ele observa seus amigos, a câmera encontra-se acima de todos, como se ele sobrevoasse o ambiente.
A timeline do filme é completamente irregular, alternando passado e presente o tempo todo. Inconstância, aliás, pode ser o sobrenome do filme. Nada é por muito tempo. Apesar da ênfase à estética de “Enter the Void”, o filme é, sem dúvida, de fundo psicológico.
O complexo de Édipo e a evidente tensão sexual entre os irmãos, questões altamente ‘freudianas’, são temas presentes por toda a história. Inúmeras referências podem ser encontradas ao longo do filme, que usa os temas da morte e da reencarnação para falar da dor da separação (lembre-se disso quando vir a última cena do filme).
Paz de la Huerta está maravilhosa no papel da maliciosamente ingênua Linda, assim como Nathaniel com seu inconsequente e pervertido Oscar.
Não posso terminar esse post sem falar da trilha perturbadora criada pelo Thomas Bangalter, do Daft Punk. Realista e onipresente, como a própria visão de Oscar, ela se funde ao que estamos vendo, complementando as imagens e o impacto que causam sobre nós. É para ‘chocar’, e cumpre com esse objetivo.
Na cena em que Oscar é baleado pela polícia podemos ouvir seu coração batendo cada vez mais devagar, até que cessa por completo.
Enter the void É um filme que jamais esquecerei. Por vezes fiquei inquieta, tonta, e até cansada, mas não consegui parar de assistir. Confesso que o revi no dia seguinte para tentar descobrir se gostei. O filme ainda não foi lançado no Brasil, apesar de já ter sido selecionado para festivais como o de Cannes, Toronto e Sundance.
*Artigo postado por Marcela Moura no Cinecittà (Molotov Cultural) em 25/04/2011
Partindo da premissa do Livro Tibetano dos Mortos de que, ao morrermos, nossa alma voa sobre a Terra e revive “em loop” a própria vida, num ciclo sem fim que só é quebrado ao reencarnarmos, o filme Enter the Void, de Gaspar Noé, não se parece com nada que já tenha sido produzido no cinema.
Oscar (Nathaniel Brown), traficante, e Linda (Paz de la Huerta), stripper, são irmãos órfãos americanos que vivem no submundo neón das ruas de Tóquio. Oscar está lendo o Livro Tibetano dos Mortos, que seu amigo Alex o emprestou.
Assassinado pela polícia, Oscar sai de cena. Sua alma, exatamente como lhe foi dito pelo amigo, sai de seu corpo e segue uma jornada entre presente e passado por toda a sua história de vida, numa Tóquio que se alterna entre a cidade real e uma maquete.
Essa dicotomia entre o que é real e o que é ilusão permeia todo o filme. Seja pelo efeito das drogas (DMT e ecstasy) ou da morte, temos a impressão de vagarmos por realidades e estados de percepção diferentes da que estamos acostumados. Por vezes a distorção da lente e os movimentos circulares da câmera nos dão a impressão de estarmos dentro de uma gravura de Escher, certamente uma referência para o diretor ao criar essa atmosfera nauseante e confusa.
A perspectiva é sempre a dos olhos de Oscar, seja sobrevoando a cidade ou observando a si mesmo quando ainda era vivo (a câmera aí se posiciona por trás dos ombros do ator). Já quando ele observa seus amigos, a câmera encontra-se acima de todos, como se ele sobrevoasse o ambiente.
A timeline do filme é completamente irregular, alternando passado e presente o tempo todo. Inconstância, aliás, pode ser o sobrenome do filme. Nada é por muito tempo. Apesar da ênfase à estética de “Enter the Void”, o filme é, sem dúvida, de fundo psicológico.
O complexo de Édipo e a evidente tensão sexual entre os irmãos, questões altamente ‘freudianas’, são temas presentes por toda a história. Inúmeras referências podem ser encontradas ao longo do filme, que usa os temas da morte e da reencarnação para falar da dor da separação (lembre-se disso quando vir a última cena do filme).
Paz de la Huerta está maravilhosa no papel da maliciosamente ingênua Linda, assim como Nathaniel com seu inconsequente e pervertido Oscar.
Não posso terminar esse post sem falar da trilha perturbadora criada pelo Thomas Bangalter, do Daft Punk. Realista e onipresente, como a própria visão de Oscar, ela se funde ao que estamos vendo, complementando as imagens e o impacto que causam sobre nós. É para ‘chocar’, e cumpre com esse objetivo.
Na cena em que Oscar é baleado pela polícia podemos ouvir seu coração batendo cada vez mais devagar, até que cessa por completo.
Enter the void É um filme que jamais esquecerei. Por vezes fiquei inquieta, tonta, e até cansada, mas não consegui parar de assistir. Confesso que o revi no dia seguinte para tentar descobrir se gostei. O filme ainda não foi lançado no Brasil, apesar de já ter sido selecionado para festivais como o de Cannes, Toronto e Sundance.
*Artigo postado por Marcela Moura no Cinecittà (Molotov Cultural) em 25/04/2011
sábado, 24 de março de 2012
sexta-feira, 23 de março de 2012
APENAS FANTASMAS
APENAS FANTASMAS
Miriam Mauro/Lila Affonso
Vai, abre as comportas,
Deixa vazar este amor,
Bem-estar, bem-querer
Se livra de amarras,
Busca um sentido que faça valer esta vida
Lembre-se: sem desejo não vale a pena viver
Vai, sem superpoderes,
Eles nada podem, são fantasmas que você deixou crescer.
As noites de vigília, coração em sobressalto
Como num teatro, assistindo acontecer
Sobe para o palco, encanta a platéia
A sua nova história é você quem vai fazer.
Miriam Mauro/Lila Affonso
Vai, abre as comportas,
Deixa vazar este amor,
Bem-estar, bem-querer
Se livra de amarras,
Busca um sentido que faça valer esta vida
Lembre-se: sem desejo não vale a pena viver
Vai, sem superpoderes,
Eles nada podem, são fantasmas que você deixou crescer.
As noites de vigília, coração em sobressalto
Como num teatro, assistindo acontecer
Sobe para o palco, encanta a platéia
A sua nova história é você quem vai fazer.
ROTINAS
ROTINAS
Miriam Mauro/Lila Affonso
Rotinas, suores, tremores,
São meu tempo e meu espaço
Todas as coisas que faço,
O tédio faz parte do pedaço
A percorrer como num traço.
Desgasto mais rápido que as coisas
Porque não sou coisa
Sinto
Mexo
Olho
Vejo
Procuro e acho
Gozo e relaxo
E sofro, pois que sou rotina
E às vezes me pareço com Hiroshima.
Miriam Mauro/Lila Affonso
Rotinas, suores, tremores,
São meu tempo e meu espaço
Todas as coisas que faço,
O tédio faz parte do pedaço
A percorrer como num traço.
Desgasto mais rápido que as coisas
Porque não sou coisa
Sinto
Mexo
Olho
Vejo
Procuro e acho
Gozo e relaxo
E sofro, pois que sou rotina
E às vezes me pareço com Hiroshima.
ALUCINA
ALUCINA
Miriam Mauro/Lila Affonso
Viaja, sonha, alucina
Vive as coisas que não existem no mundo real
Berra, desespera, desatina,
Planta a semente da loucura
Que eu aqui fico torcendo pra que não seja fatal.
Viva com toda a intensidade
Cabível num ser humano
Essa verdade
Só procure não confundí-la
Com a realidade.
Miriam Mauro/Lila Affonso
Viaja, sonha, alucina
Vive as coisas que não existem no mundo real
Berra, desespera, desatina,
Planta a semente da loucura
Que eu aqui fico torcendo pra que não seja fatal.
Viva com toda a intensidade
Cabível num ser humano
Essa verdade
Só procure não confundí-la
Com a realidade.
NOVO
NOVO
Miriam Mauro/Lila Affonso
A fome vai e nego ri.
O pano cai e eu canto e danço
De patins,
Sob os restos mortais do poder.
Eu quero o novo,
Sem cheiro de rua
De fumaça, de usado.
Eu quero a vida,
Sem armas e sem defesas
Sem máscaras.
Eu quero a luta sem subterfúgios,
Sem medos e sem reservas
Eu quero o puro,
Sei que ele existe,
E virá!
Com o novo, com a vida,
Com a luta virá!
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